Também chamada de cirurgia bariátrica e metabólica, a gastroplastia é uma das maneiras de tratar a obesidade e controlar determinadas doenças associadas a este quadro. O procedimento é minimamente invasivo, sendo uma importante ferramenta para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Gastroplastia: o que é?
A gastroplastia é uma cirurgia do aparelho digestivo, feita com a intenção de tratamento da obesidade e também da síndrome metabólica (condição caracterizada pela presença de obesidade, diabetes, hipertensão e colesterol alto).
Quando a gastroplastia é indicada?
Entre os critérios para recomendação da gastroplastia, está o IMC (índice de massa corpórea) do paciente. Esse procedimento pode ser indicado principalmente para pessoas com:
IMC a partir de 35 e algum tipo de comorbidade; IMC entre 30 e 35 e diabetes tipo 2 refratário ao tratamento clínico; IMC acima de 40, independentemente de haver ou não comorbidade;
As comorbidades mais frequentemente associadas à obesidade são diabetes mellitus tipo 2, hipertensão, colesterol alto, esteatose hepática (gordura no fígado), artropatia de joelho e hérnia de disco.
Como a gastroplastia é realizada?
Existem diversas técnicas para realizar a gastroplastia. No Brasil, as mais comuns são a sleeve e o bypass gástrico. Na bariátrica sleeve (ou gastrectomia vertical), há remoção de parte do estômago. Já o bypass gástrico envolve a redução do volume do estômago associada a uma junção desse novo reservatório do estômago com o intestino.
Tais alterações propiciam desvios do trânsito alimentar, gerando efeitos endócrinos e metabólicos que auxiliam no processo de emagrecimento e no tratamento de comorbidades.
Tanto o procedimento de gastroplastia vertical (sleeve) quanto o bypass gástrico são realizados por vias minimamente invasivas: por videolaparoscopia ou cirurgia robótica.
Como é o preparo para a gastroplastia?
Antes da gastroplastia, os indivíduos fazem exames (como endoscopia digestiva, ultrassom abdominal e exames laboratoriais) e passam pela avaliação de diversos profissionais (como cirurgião, cardiologista, psicólogo e nutricionista).
A perda de peso é sempre sugerida. Pacientes que conseguem emagrecer têm menores riscos e melhores resultados no pós-operatório.
Como é o acompanhamento pós-cirúrgico?
Como a cirurgia bariátrica não cura a obesidade nem a síndrome metabólica, mas pode deixá-las em remissão (controladas), o acompanhamento pós-operatório é fundamental para que os resultados sejam bons e se sustentem a médio e a longo prazo.
Nessa etapa do tratamento, o paciente deve receber suporte de uma equipe multiprofissional, incluindo especialistas como nutricionista, psicólogo e endocrinologista. A depender do perfil do indivíduo, pode ser necessário consultar o cardiologista (se houver cardiopatia), o pneumologista (em caso de tabagismo), o nefrologista (se houver doença renal), o hepatologista (para monitorar doenças do fígado), entre outros médicos.
No primeiro ano da gastroplastia, o acompanhamento costuma ser mais intenso – geralmente, mensal. Depois, a tendência é de que haja um intervalo maior entre as consultas, até que elas passem a ocorrer anualmente ou a cada seis meses.
Vantagens e diferenciais da gastroplastia
Embora tenha evoluído significativamente nos últimos anos, o tratamento clínico – que envolve medicamentos, dietas, exercícios físicos e terapia – ainda não é suficiente para que haja uma remissão da obesidade. Ao adotar somente essa abordagem, o risco de recidiva (ou seja, de ganhar novamente o peso perdido) tende a ser elevado. Daí a importância da gastroplastia.
Mesmo que a cirurgia bariátrica não cure a obesidade, ela é capaz de oferecer um suporte metabólico para que, junto com o tratamento clínico e medicamentoso, os indivíduos consigam permanecer com a doença em remissão a médio e a longo prazo.
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