O Brasil ocupa, atualmente, o terceiro lugar entre os países com o maior número de crianças e adolescentes portadores do diabetes tipo 1, forma da doença que tem caráter genético. Ela acontece quando a quantidade de insulina produzida pelo pâncreas é inferior à necessidade do organismo, fazendo com que os pacientes precisem injetar insulina diariamente para manter os níveis normais de glicose no sangue. Apesar de a doença não ter cura, o transplante de pâncreas e rim surge como uma opção promissora para controlar a insuficiência renal crônica, uma das complicações mais severas do diabetes tipo 1.
Considerado uma cirurgia de alta complexidade, esse transplante implanta um novo pâncreas e um novo rim de forma simultânea no paciente e é considerado um bom tratamento porque ajuda a recuperar o controle dos níveis de glicemia quando a reposição de insulina não é mais suficiente. Ao atingir esse nível, a doença pode desenvolver complicações como hipertensão, lesões na retina dos olhos, endurecimento e espessamento das paredes das artérias e, em último caso, insuficiência renal crônica, que pode levar à falência renal.
“O maior benefício desse transplante é que ele devolve a qualidade de vida do paciente. Os novos órgãos tendem a melhorar a produção da insulina pelo corpo e reverter a insuficiência renal crônica”, explica o dr. Eduardo Fernandes, cirurgião transplantador do Hospital São Lucas Copacabana.
O procedimento pode levar cerca de seis horas para ser concluído, com a necessidade de internação do paciente após a cirurgia. Esse período é essencial para que o especialista observe se o organismo está se adaptando aos novos órgãos e, caso apareça algum problema, ele poderá ser detectado e tratado de forma ágil e segura.
Após esse período, o paciente poderá voltar para casa e seguir com sua rotina normal, tendo em mente que adotar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios e a prevalência de uma alimentação regrada e pobre em gorduras e açúcares, é essencial para melhorar a saúde.
"O Hospital São Lucas Copacabana está retomando esse procedimento, que não era feito no estado do Rio de Janeiro há 13 anos. Recentemente, realizamos com sucesso esse transplante em uma jovem de 35 anos diabética e portadora de insuficiência renal crônica”, diz o médico.
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