O ultrassom é um exame versátil que auxilia o dia a dia de profissionais de várias especialidades, sendo capaz de diagnosticar e acompanhar diversas alterações no organismo do paciente. Entre as diferentes abordagens disponíveis está o ecocardiograma.
Abaixo, a Dra. Flávia Verocai, coordenadora da Cardiologia do Hospital São Lucas Copacabana, explica como ele funciona e quando ele é indicado.
Ecocardiograma: o que é?
O ecocardiograma é uma ultrassonografia do coração que utiliza ondas sonoras para produzir imagens do órgão.
Para que serve o ecocardiograma?
Esse procedimento permite que o médico avalie os batimentos, o fluxo e a pressão do sangue que passa pelo coração, as válvulas cardíacas, o pericárdio (membrana que envolve o órgão) e, além de analisar a presença de defeitos anatômicos, também detecta possíveis doenças cardiovasculares.
“É um exame útil para diagnosticar e acompanhar pacientes com insuficiência cardíaca, doenças nas válvulas, na artéria aorta e danos causados por alterações como hipertensão arterial e doença coronariana aterosclerótica, por exemplo", explica a médica.
As informações fornecidas pelo exame são fundamentais para a escolha do tratamento ideal para cada caso.
O ecocardiograma é capaz de diagnosticar:
- insuficiência cardíaca, conhecida como coração fraco;
- doenças das válvulas cardíacas, por exemplo, sopro cardíaco;
- doenças de nascimento, conhecidas como congênitas;
- doenças do pericárdio, capa que reveste o coração;
- doenças da aorta torácica, por exemplo, aorta dilatada;
- tumores cardíacos, como o mixoma atrial;
- crescimento de cavidades atriais e ventriculares;
- presença de coágulos dentro do coração que podem migrar para o corpo.
Quais os tipos de ecocardiograma?
Existem várias abordagens disponíveis para a realização do ecocardiograma. Conheça algumas delas, a seguir.
Ecocardiograma transtorácico
Tipo mais comum, o ecocardiograma transtorácico capta os ecos das ondas sonoras do coração e os converte em imagens. Tudo isso de forma indolor, uma vez que, para realizar o exame, o médico precisa apenas deslizar o transdutor por todo o lado esquerdo do peito.
“Atualmente, o exame conta com o doppler colorido, que dá informações adicionais e detalhadas, a fim de observar o funcionamento de válvulas, artérias e veias. Tal característica proporciona ao profissional de saúde a possibilidade de medir pressões dentro das cavidades, bem como a velocidade e a direção do fluxo sanguíneo no interior do coração e dos vasos", complementa a Dra. Flávia.
A especialista comenta que, atualmente, existem softwares que obtêm informações mais completas e são capazes, inclusive, de fornecer imagens 3D.
Para avaliação de doença coronariana, ela explica que é possível aliar o ecocardiograma transtorácico ao estresse físico, mais conhecido como teste ergométrico ou farmacológico (estímulo de estresse com medicamento venoso). A análise da deformidade da contração do músculo (strain) é útil no acompanhamento de miocardiopatias e das alterações cardíacas secundárias ao tratamento quimioterápico.
Ecocardiograma transesofágico
Para realizar o ecocardiograma transesofágico, é necessário permanecer em jejum por seis horas para evitar náuseas e vômitos, pois, nesse procedimento, o aparelho é inserido pela garganta e conduzido até o esôfago. Antes e durante o exame, o paciente recebe medicamentos anestésicos para sedação, para evitar o desconforto. Para isso, no entanto, é preciso conversar com o médico previamente, pois, além de a preparação ser diferente, pode haver necessidade de acompanhante.
Quem deve fazer o ecocardiograma?
A realização do ecocardiograma é indicada para pessoas que apresentam sintomas relacionados com cardiopatias, como palpitações, dor no peito, desmaios, boca azulada (cianose) e dificuldade para respirar.
“Serve também para o acompanhamento das doenças cardiovasculares, a avaliação de tratamentos empregados e até mesmo para a indicação de algum procedimento cirúrgico cardíaco. Outras indicações: miocardiopatias; doenças valvares ou do pericárdio; pacientes que se preparam para alguma cirurgia; pacientes que serão submetidos a quimioterapia ou radioterapia e também vítimas de infarto ou insuficiência cardíaca", ilustra a Dra. Flávia.
Cardiologia no Centro Médico da Gávea: atendimento com conforto e segurança no coração do Rio de Janeiro A cardiologia é um dos principais focos de atuação do Centro Médico São Lucas, na Gávea. O espaço, conduzido por uma equipe multidisciplinar especializada em diversas áreas cardiovasculares, une conforto, tecnologia e segurança para oferecer ao paciente uma experiência médica de excelência em quadros de baixa e alta complexidade.
- Acompanhamento para pacientes cardiopatas
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- Avaliação para cirurgia cardíaca
- Cirurgia vascular
Exames especializados
- Ecocardiograma transtorácico
- Teste cardiopulmonar e ergométrico
- Eletrocardiograma (incluído na consulta)
- Holter digital
- MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial)
- Ultrassom vascular (arterial e venoso)
Além do acompanhamento especializado com equipe multidisciplinar, incluindo nutricionistas e psicólogos, também há a possibilidade de interação entre cardiologistas, oncologistas e cirurgiões para avaliação de pacientes em casos específicos.
Unidade Cardiointensiva do Hospital São Lucas Copacabana
No hospital, a Unidade Cardiointensiva é especializada no acolhimento de pacientes com problemas cardiológicos que precisem de observação intensiva, portadores de síndrome coronária aguda ou recém-operados de cirurgia cardíaca e vascular. Aqui, o paciente de alta complexidade é amparado pelo que há de melhor em tecnologia para monitorização e realização de exames e procedimentos. Seus 21 leitos são individuais e projetados para oferecer segurança , comodidade e privacidade aos pacientes.
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