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Cardiologia

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Miocardite: saiba o que é, quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico

Em alguns casos mais graves, a doença pode evoluir para insuficiência cardíaca
FV
Dra. Flávia Verocai - Médica - MédicaAtualizado em 17/01/2024
Miocardite: saiba o que é, quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico

O coração é um órgão extremamente importante para o funcionamento do organismo como um todo e, para isso, conta com uma estrutura complexa constituída por átrios, ventrículos, veias, artérias, válvulas, aorta, pericárdio e miocárdio. Convidamos a Dra. Flávia Verocai, cardiologista do Hospital São Lucas Copacabana, para falar sobre miocardite, alteração que atinge o músculo cardíaco.

O que é miocardite?

Na área médica, quando o nome de um quadro termina com o sufixo “ite" é sinal de que estamos falando de uma inflamação. Sendo assim, a miocardite é uma inflamação no miocárdio que provoca danos ao tecido muscular que constitui a parede do coração.

Quais são as causas da condição?

Frequentemente, a miocardite está associada a vírus respiratórios, bactérias, fungos e alguns parasitas como Trypanosoma cruzi (causador da doença de Chagas) e toxoplasma (encontrado nas fezes dos gatos). Outras causas incluem:

  • Doenças autoimunes;
  • Condições gastrointestinais;
  • Alterações na tireoide;
  • Abuso de álcool e drogas;
  • Quimioterapia e imunoterápicos.

“Além dos agentes convencionais, muitos pacientes têm apresentado miocardite relacionada com a Covid-19", complementa a especialista.

Ainda segundo a Dra. Flávia, é possível evitar a contaminação com medidas simples, como evitar contato com pessoas com quadros virais, lavar as mãos regularmente e tomar as devidas vacinas.

Quais são os sintomas da miocardite?

Visto que a miocardite pode ser consequência de diversas disfunções, é comum que seus sinais variem de uma pessoa para outra. De modo geral, os sintomas mais comuns são semelhantes aos de outras doenças do coração, como:

  • Dor no corpo;
  • Febre;
  • Falta de ar;
  • Dor no peito;
  • Fadiga;
  • Palpitação;
  • Tontura;
  • Inchaço nos membros inferiores.

Como é feito o diagnóstico?

Para identificar a miocardite, o médico ouve o relato do paciente – um processo chamado anamnese –, em que são informados os sintomas, sua intensidade e há quanto tempo eles começaram, por exemplo. O cardiologista também realiza um exame físico para avaliar o estado de saúde do paciente, pensar em possíveis causas e dimensionar a gravidade do caso.

Avaliações complementares, como hemograma e exames de imagem, também podem ser solicitadas para apoiar o profissional na busca pelo diagnóstico da miocardite.

“As consultas de rotina são a melhor forma de prevenir problemas ou detectá-los no início e evitar que evoluam. Por isso, sempre que notar alguma anormalidade, informe seu médico", orienta a profissional.

A miocardite tem cura?

Infelizmente, não há cura, nem tratamento específico para a miocardite. Entretanto, é possível intervir nas doenças que possam contribuir para o agravamento do quadro.

Como é o tratamento?

Muitos pacientes apresentam melhora espontânea no fim do período de infecção. Porém, isso não significa que eles não devam ser acompanhados por um médico, pois, além de ser necessário adotar cuidados específicos, a doença pode avançar e até levar o paciente ao óbito.

O tratamento da miocardite é focado na causa e nos sintomas da condição, como insuficiência cardíaca, por exemplo. A depender do quadro, o cardiologista indica medicamentos que podem ter função vasodilatadora, diurética e bloqueadora para enfermidades que evoluem com insuficiência cardíaca. O tratamento específico de doenças como o lúpus pode auxiliar a reduzir a inflamação do miocárdio.

“Na maioria das vezes, a miocardite regride espontaneamente. Alguns pacientes podem necessitar de medicamentos por alguns meses e ter o retrocesso completo da inflamação, enquanto outros podem permanecer com algum dano definitivo no músculo e necessitar de medicações para insuficiência cardíaca por tempo indeterminado. Raros são os casos que desenvolvem insuficiência grave ao ponto de o paciente precisar de medicamentos intravenosos, dispositivos que melhorem a circulação e tirem a sobrecarga do coração e, mais raramente ainda, transplante cardíaco", afirma a Dra. Flávia.

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Dra. Flávia Verocai

Médica | Médica
Coordenadora da Unidade Cardiointensiva do Hospital São Lucas Copacabana
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