As hérnias abdominais são condições comuns entre os brasileiros e a população mundial. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 8% da população tem algum tipo de hérnia. De acordo com o dr. Heitor Santos, cirurgião do Centro de Hérnias Abdominais do Hospital São Lucas Copacabana, as hérnias acontecem quando uma víscera escapa através de um defeito da parede abdominal ou da região da virilha, podendo causar aumento visível de volume da região.
Existem diversos tipos de hérnia abdominal e cada uma está ligada a uma região específica do abdome:
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Hérnia inguinal: desenvolve-se na região da virilha, sendo o tipo mais comum da doença. Nos homens, há chance de ocorrer a hérnia inguinoscrotal, quando ela cresce demais e desliza para a bolsa escrotal.
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Hérnia incisional: derivada de incisões cirúrgicas na região abdominal ou lombar, pode ocorrer em qualquer tipo de cicatriz cirúrgica, inclusive nas cicatrizes de cirurgia laparoscópica.
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Hérnia ventral: ocorre na região anterior da parede abdominal e pode ser umbilical (na cicatriz do umbigo), epigástrica (acima da linha do umbigo) ou as mais raras, como a hérnia de Spiegel (na parte lateral no abdome).
As hérnias abdominais são causadas por ruptura, afastamento ou enfraquecimento da musculatura dessa parte do corpo. Alguns pacientes nem ao menos sentem incômodo, porém, dependendo do tamanho da hérnia, elas podem causar dor local durante esforço físico, ao tossir ou usar o banheiro.
“Os sintomas geralmente são momentâneos e aparecem com o esforço físico, porém, é importante que o paciente procure ajuda especializada assim que identificar a hérnia. Apesar de a maioria dos casos não ser grave, há a possibilidade de encarceramento de uma víscera, que pode evoluir com bloqueio do fluxo sanguíneo e necrose, tornando-se uma emergência cirúrgica que, se não resolvida, pode colocar em risco a saúde do paciente”, explica o médico.
Uma vez diagnosticada a hérnia abdominal, o especialista deve ser consultado para avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica – que pode ser feita pelo modo convencional (cirurgia aberta) ou por técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia ou cirurgia robótica. Esses dois últimos métodos são preferenciais, com melhores resultados em termos de qualidade de vida e dor quando comparados com a cirurgia convencional.
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