Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 5 milhões de pessoas sofrem de hérnia de disco. A condição – causadora de dores intensas – ocorre na região da coluna vertebral, que é dividida em coluna cervical (7 vértebras), coluna dorsal (12 vértebras) e coluna lombo sacra (5 vértebras lombares mais a região chamada de sacro). A lombar, parte final da estrutura, é a região mais afetada pelo problema.
Entre uma vértebra e outra encontra-se o disco vertebral, composto por um núcleo gelatinoso (chamado de núcleo pulposo) e uma capa ao seu redor, o anel fibroso. Este é o responsável por reter o conteúdo interno do disco vertebral, estrutura importante no amortecimento e mobilidade da coluna vertebral.
No blog de hoje, o Dr. Gustavo Adolpho de Carvalho, chefe do serviço de neurocirurgia do Hospital São Lucas Copacabana, tira as principais dúvidas sobre o tema, incluindo sua causa e como tratá-la.
O que é hérnia de disco?
Uma hérnia é caracterizada pelo deslocamento de um tecido. No caso da hérnia de disco na lombar, isso acontece porque seu anel fibroso se rompe e leva à uma protrusão (expansão ou rompimento do disco entre duas vértebras) ou a um abaulamento focal (uma espécie de calombo que comprime a raiz nervosa daquela área). A dor característica da hérnia de disco é consequência desta compressão e, consequentemente, uma resposta inflamatória do organismo a esse processo.
Quais são os sintomas de hérnia de disco?
A hérnia de disco pode ocorrer na região lombar, cervical e torácica e seu sintoma mais conhecido é a dor intensa nas costas que persiste por alguns dias. Outras manifestações das hérnias discais lombares incluem:
- Dor que irradia para uma ou ambas as pernas;
- Fraqueza muscular, principalmente nas pernas.
O que causa hérnia de disco?
A principal causa da hérnia de disco é o envelhecimento, pois com o passar do tempo, nosso corpo perde a elasticidade e não consegue mais retornar ao seu estado original com a mesma facilidade de antes. Além disso, traumas como quedas e pancadas também podem provocar a hérnia, assim como:
- Alterações de ordem mecânica, como a forma de pisar, por exemplo;
- Condições genéticas;
- Doenças dos tecidos conjuntivos;
- Esforços repetitivos (empurrar e levantar, por exemplo);
- Obesidade;
- Postura inadequada;
- Sedentarismo.
Como é feito o diagnóstico?
Devido à intensidade da dor, muitas pessoas tendem a procurar ajuda durante as crises, mas deixam de lado quando o episódio passa. O Dr. Gustavo orienta que mesmo que a dor cesse, é necessário investigar sua causa e, consequentemente, tratá-la para evitar novas crises e o agravamento do caso.
O diagnóstico da hérnia de disco é feito a partir do histórico de saúde do paciente, do seu relato e de exame físico para verificar uma eventual fraqueza muscular ou perda de sensibilidade. Por fim, o médico também pode solicitar uma ressonância magnética para confirmar o diagnóstico.
Hérnia de disco tem cura?
O especialista declara que a hérnia de disco pode ser tratada a partir de diversas abordagens que proporcionam melhora do caso e até mesmo a cura.
Como tratar hérnia de disco?
Ainda de acordo com o Dr. Gustavo, o primeiro passo para tratar hérnia de disco é o paciente procurar um especialista, nesse caso, um neurocirurgião. “Inicialmente, a hérnia discal lombar deve ser tratada de forma conservadora com fisioterapia, por exemplo. Em casos mais graves, nos quais a pessoa já apresenta déficit neurológico motor, o tratamento cirúrgico também pode ser uma opção", finaliza.
Atendimento neurológico no Hospital São Lucas Copacabana e no Centro Médico São Lucas
Nossa equipe multidisciplinar experiente, que atende no Centro Médico da Gávea, é focada no acolhimento humanizado, diagnóstico e acompanhamento de pacientes com os principais quadros neurológicos. Também contamos com tecnologia diferenciada para a realização de exames e procedimentos ágeis e seguros, que muitas vezes são essenciais para aumentar as chances de recuperação do paciente.
Já no Hospital São Lucas Copacabana, o neurologista atua em casos urgentes de doença cerebrovascular como na fase aguda de acidente vascular cerebral (AVC); intervindo com procedimentos como a trombólise endovenosa e a orientação para abordagem por trombectomia para remoção mecânica de coágulo oclusivo de artérias intracranianas. Nesse último caso, a equipe radiointervencionista é convocada para a abordagem intravascular.
Além das afecções cerebrovasculares, outras condições são recorrentes na atenção neurológica, como manifestações inflamatório-infecciosas do sistema nervoso, cefaleias refratárias e quadros epiléticos. Atenção importante também é dada às intercorrências neurológicas geradas por complicações de doenças sistêmicas. Atualmente, somos o único hospital a utilizar o aparelho Axion Arts Siemens no tratamento de pacientes neurológicos, capaz de visualizar imagens 3D em tempo real.
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