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Saúde

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O sistema respiratório pós-Covid ou síndrome pós-Covid

Vírus pode causar sintomas de maior duração e sequelas que exigem reabilitação pulmonar
APC
Dr. Alexandre Pinto Cardoso - Pneumologista - médicoAtualizado em 12/01/2024
O sistema respiratório pós-Covid ou síndrome pós-Covid

Desde o início da pandemia, cientistas têm estudado como o Sars-CoV-2 se comporta e quais os efeitos que ele causa no organismo. Apesar de ainda sabermos pouco sobre o novo coronavírus, graças aos esforços dos profissionais de saúde, é possível entender de que forma ele influencia o funcionamento de diversos órgãos, como o pulmão.

Covid-19 × sistema respiratório

Esta é uma das áreas mais afetadas pelo vírus, já que sua porta de entrada são as vias aéreas superiores (nariz e boca). O Dr. Alexandre Pinto Cardoso, pneumologista do Centro Médico do Hospital São Lucas, na Gávea, explica que ele cai na circulação, se aloja no órgão e penetra nas células que revestem os brônquios e os alvéolos, levando à pneumonia. Nos vasos sanguíneos, pode formar microtrombos, que afetam a circulação e obstruem os vasos pulmonares.

“Se, por um lado, a inflamação não deixa o oxigênio chegar aos alvéolos, por outro, se houver trombose, o oxigênio não é levado aos órgãos, já que o organismo não consegue atender a essa necessidade e precisa de ventilação mecânica", afirma.

Reabilitação

Alguns sintomas respiratórios têm sido frequentes nos quadros de pacientes que apresentam sequelas pós-Covid-19. Por isso é importante que, 30 dias depois do fim dos sintomas, eles passem por uma consulta de revisão para avaliar a necessidade de se fazer uma reabilitação pulmonar, que deve ser antecipada caso voltem a apresentar febre, chiado no peito, falta de ar ou tosse. Mesmo que a Covid-19 evolua para um caso grave, as chances de cura com o auxílio das terapias de tratamento disponíveis são altas.

Testei positivo, o que devo fazer durante o isolamento?

É comum que haja certa ansiedade depois do resultado positivo para a Covid-19. No entanto, com alguns cuidados, é possível garantir o bem-estar do paciente e das outras pessoas que habitam a mesma casa. Confira:

  • o doente deve ficar isolado em um cômodo e manter sua porta fechada, mas as janelas abertas para que o ar circule e a luz solar entre;
  • consumir bastante água para manter a hidratação; não compartilhar copos, pratos e talheres; fazer uso de máscara sempre que precisar utilizar espaços comuns; cuidar da higiene do cômodo; separar a roupa de cama e o lixo, por exemplo;
  • monitorar a oxigenação sanguínea – o ideal é que ela esteja acima de 93%;
  • buscar atendimento médico caso a febre perdure ou o paciente sinta falta de ar.

Fatores de risco

Quando pessoas com comorbidades adoecem por Sars-CoV-2, têm mais chances de manifestar sintomas duradouros e, posteriormente, sequelas. Os quadros mais vulneráveis são:

  • diabetes;
  • obesidade;
  • doenças autoimunes (como HIV e lúpus);
  • tabagismo;
  • pacientes oncológicos.

“Pacientes que se enquadram em uma dessas condições devem ser orientados a marcar uma consulta entre 15 e 30 dias depois da alta hospitalar", explica o pneumologista.

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Dr. Alexandre Pinto Cardoso

Pneumologista | médico
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